quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE CARLOS LUPI

Caro Presidente!

Quando o saudoso Leonel Brizola alçou o companheiro à condição de 1º vice-presidente nacional do nosso partido, por certo, ele tinha suas razões, merecendo registro a relação de confiança e a convicção do líder de que Vossa Excelência estava qualificado para as tarefas de construção e de fortalecimento da organização partidária que integramos. De lá para cá, diante dos sucessivos fracassos eleitorais do PDT, pode-se dizer que foi um erro permitir que a Secretaria Geral exercesse a titularidade das atribuições que, um dia, Brizola lhe outorgara. Talvez tenha chegado o momento de Vossa Excelência, como dirigente sério, avocar para sí a missão para a qual foi designado, ao invés de confiar tais tarefas para políticos medíocres e burocratas fisiológicos.

Entre os que se imaginam “intocáveis” no âmbito do partido, o mais notável representante da mediocridade e do fisiologismo é Manoel Dias. Por obra e graça desse senhor afundamo-nos no cartorialismo e, por conseqüência, deixamos de fazer a auto-crítica e não conseguimos nos livrar de fórmulas e de práticas anacrônicas. O estranho é que apesar dos equívocos na estratégia, apesar dos erros táticos, essa figura inútil continua integrada à burocracia, usufruindo dos privilégios próprios daqueles que apenas parasitam no aparelho partidário. Aliás, só a possibilidade de que “alguém, por aí tem o rabo preso” pode explicar a permanência de elemento assim à frente da Secretaria Geral do PDT, derrota traz derrota eleitoral, uma vez que, nesse tempo todo, os raros êxitos obtidos nas urnas resultaram, exclusivamente, da força individual de algumas lideranças e personalidades e, diga-se de passagem, algumas delas com pouca ou nenhuma identificação com o programa nacional e popular do brizolismo.

O exemplo mais contundente da incompetência do senhor Manoel Dias é a situação do PDT no estado de Santa Catarina onde ele, também, é o eterno mandamás. Como resultado de mais uma aliança eleitoral equivocada e da falta de qualquer trabalho de base consistente, o PDT reduziu em 50% o tamanho da sua bancada estadual, não elegeu deputado federal e sofreu uma vergonhosa derrota política na condição de vice de uma chapa de governador encabeçada por um setor da nefanda oligarquia catarinense. Para piorar o quadro, às vésperas do segundo turno, mais de 90% dos aliados internos do senhor Manoel Dias (outrora entusiastas da coligação com o PP que imaginavam ocupar cargos públicos à custa dos votos que o casal Amin já não tinha) agora são cabos eleitorais de José Serra. Fica parecendo que na cabeça desse senhor o melhor seria que Dilma perdesse, pois isso significaria, também, uma derrota de Carlos Lupi. Assim, com “todos” perdendo eleitoralmente por igual, teria ele alguma perspectiva de se manter na estrutura interna do PDT tal como se encontra. Na prática, valeria a máxima: sacrifique-se o Brasil e salve-se Manoel Dias.

Sob pena de extinção, chegou a hora de Vossa Excelência dar um basta ao modo “Manoel Dias” de fazer política. Se ainda sonhamos com algum futuro, é o momento de livrar-nos de companhias inúteis, priorizando a organização real e a construção do novo. Entre outras coisas, urge exercer a democracia interna à exaustão; criar fóruns permanentes de discussão; constituir instâncias legítimas de deliberação; ademais, de empreender um extraordinário esforço para transformar a maioria dos filiados em quadros militantes (rebeldes, libertários, ousados, inovadores, radicais nos conteúdos, fraternos nas relações internas e externas, e profundamente comprometidos com a democracia e o socialismo).

Florianópolis (SC), em 12 de outubro de 2010.

Hilário Scherner – Militante do PDT – Ex-prefeito de Paraíso (SC).

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ato de Hoje

Então galera,

Como dizia na agenda o objetivo de hoje era cobrar satisfações do Conselho Municipal de Transportes. O problema é que, por motivos de saúde, a reunião foi cancelada. Desconfiamos que a doença se chama alergia ao povo, mas isso é outra história.

Antes de ir ao ponto de encontro, um pessoal da UFSC pulou catraca e rolou um desentendimento, pois o motorista tentou recusar com atos de agressividade. Uma estudante chegou a ficar presa na porta, o que gerou raiva dos manifestantes e resultou em uma janela quebrada à chutes.

Ao se reunir na Paulo Fontes éramos em média 50 pessoas. Surpreendidos pela notícia de acovardamento, digo, adoecimento de membros do conselho, resolvemos ir à Secretária de Transportes entregar uma carta de intenções. Entramos com facilidade e subimos os 10 andares pela escada, com muitos gritos de guerra para deixar a Prefeitura acordada. Chegando lá eu fui responsável por protocolar a carta e enquanto eu cumpria minha função a polícia cívil se posicionou, já que o manda chuva da segurança do município, o eficaz secretário, estava lá como pombo correio do João Batista.

De acordo com ele, o João Batista, que é o prefeito enquanto o Dário está escondido em algum lugar, queria conversar com uma comitiva do nosso grupo. Deixamos bem claros que, depois daquela planilha um tanto "suspeita", só conversaríamos de novo quando a tarifa baixasse. Sendo assim, descemos as escadas e resolvemos fazer um pouco de barulho pelas as ruas, guiados pela nossa GRT(grupo de redução da tarifa) e seguidos pelos nossos porquinhos(estudantes caracterizados de porcos representando as empresas de transporte).

Passamos pela Conselheiro Mafra e a Felipe Schimidt, dando uma visitada também na prefeitura, onde pretendíamos entregar a mesma carta.

Primeiramente fomos bloqueados pela policia municipal, mas depois de muito esforço e sob a pressão da câmera da RBS, eu fui destacado para entrar e entregar a carta. Dei em mãos da secretária que após algum tempo voltou, pediu para me chamar na manifestação e avisou a impossibilidade de protocolar sem que alguém se assumisse como líder do movimento. Tendo em vista essa clara demonstração da incapacidade do nosso estimado Dário Berger de conversar com a população, sabendo somente negociar de portas fechadas com um ou dois representantes em seu sacro santo gabinete, decidimos ir embora, avisando para ele relaxar, pois quinta-feira irá chegar.

domingo, 16 de maio de 2010

Calendário da Semana


Olá Galera!

Chegou o novo calendário de lutas, todos prontos para ir contra o aumento?

Calendário da Semana!!


SEGUNDA-FEIRA

12:00 - Manifestação cheia criatividade e humor no centro da cidade! Haverá reunião do Conselho Municipal de Transportes às 14h30 desse dia. Iremos até o local da reunião apresentar nossa pauta e cobrar a redução imediata da tarifa!  
Concentração na frente do TICEN.

TERÇA-FEIRA

12:00 - Atos Descentralizados

É importante que todos se sintam responsáveis pela descentralização dos atos, promovam autonomamente, em pequenos grupos, catracassos, pintem-se de palhaço, levem algum instrumento pro ônibus, pro terminal, pra rua. Panfletem nas salas de aula nos ônibus que pegarem e etc. Use a criatividade pra propagar a idéia pela cidade toda!

17:00  Grande panfletagem no TICEN

QUARTA-FEIRA

17:30  - ATO na região da Trindade com Bicicletada:

Concentração pro ato será Concha Acústica da UFSC
Tragam suas bicicletas, patins, patinetes, pula-pula para a bicicletada da alegria! Lembrando que o ato terá participação das bikes, mas todo mundo, mesmo sob duas pernas deve participar.

Pra quem mora longe da UFSC, procurem promover bicicletadas nos seus bairros também nesse dia.

QUINTA-FEIRA

17:00     -   GRANDISSÍSSIMO ATO!!
Os atos da semana inteira culminarão neste já tradicional ato no centro. Vamos levar o dobro de pessoas, de empolgação pra dizer que se a tarifa não baixar, e o transporte não mudar... Olé olé olá! A cidade vai parar!

13:30 – Assembléia do SINTRASEM
15:30 – Caminhada do SINTRASEM
Como o Sintrasem faz parte do movimento, é importante que o maior número de pessoas possível possa estar lá pra apoiar o movimento deles, que estão, em sua maioria, em greve.


É isso aí meu povo, simbora deixar essa cidade de perna pro ar até atarifa baixar !!


Daniela Sevegnani Mayorca

Diretório Central dos Estudantes
Luiz Travassos - Canto Geral

sábado, 15 de maio de 2010

Grande Ato de Quinta-Feira

Opa galera,

Desculpa estarmos um pouco ausente, mas estamos completamente envolvidos na luta contra a tarifa!

Segue abaixo uma reportagem do DC, muito bem feita pelo jornalista Maurício Frighetto, falando sobre o acorrentamento no TICEN, no qual fizemos parte, o vídeo da manifestação e as planilhas de custo, primeira conquista de várias que acontecerão!



Quem não pula quer tarifa from Doc Dois on Vimeo.


Será que eles conseguem?

Nove estudantes passaram seis horas presos a cadeiras no Setuf em protesto ao aumento nas tarifas de ônibus em Florianópolis

Com os pés acorrentados aos bancos do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf), João Gabriel, 18 anos, era um dos nove estudantes que protestavam contra o aumento das passagens do transporte coletivo da Capital, entre 11h e 17h de ontem. – É um ato simbólico. Estas correntes representam as catracas, que impedem a mobilidade dos moradores da Capital.

Assim como João, os manifestantes de ontem querem uma mudança no transporte público. Mas, primeiro, querem que o aumento das passagens seja revogado.

Os protestos que aconteceram ontem em Florianópolis refletem uma tendência que começou no início da década, com o debate pelo passe livre para estudantes. Teve seu ápice em 2004 e 2005, com a chamada Revolta da Catraca, quando milhares de pessoas foram às ruas para barrar o aumento das passagens. Na época, conseguiram.

O estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Bruno Mandelli, 20 anos, foi um dos que debateram o assunto naquela época.

– Em 2004, eu assisti; em 2005, participei. Hoje tenho uma bolsa de estudos e ganho menos de um salário mínimo, e o preço se torna alto. A minha atuação política é por meio dos movimentos sociais. E, hoje, o transporte público é uma das formas de exclusão social – filosofa o rapaz.

Bruno participa do Movimento Universidade Popular (MUP) na UFSC, uma das entidades que fizeram parte do Frente Única pelo Transporte Público Floripa, que organizou os protestos. Ela é formada por movimentos sociais, partidos políticos, organizações culturais e, em sua maioria, por estudantes.

João Gabriel faz parte de uma organização chamada Reinventar. Segundo o jovem, que vai começar a estudar na UFSC no segundo semestre, o movimento é baseado nas ideias do pensador Darcy Ribeiro.

– Ele tinha uma conexão forte com a educação e foi fundador na Universidade de Brasília (UnB). O nosso movimento prega o caráter reivindicatório e de atuação política dos jovens no passado, como o Fora Collor e as Diretas, Já. Nossa postura é de sempre defender a população.

Um dos movimentos mais conhecidos dos protestos dos estudantes é o Movimento pelo Passe Livre (MPL), fundado em 2005 com base nas experiências das manifestações Salvador, em 2003, que parou a cidade por 10 dias, e da Revolta da Catraca, de Florianópolis. O MPL defende o acesso gratuito para a população.


mauricio.frighetto@diario.com.br
MAURÍCIO FRIGHETTO

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Novo Hit de Floripa!

domingo, 9 de maio de 2010

Então galerinha!

Nesse sábado teve reunião da Frente Única e foi decidido um monte de coisas legais para a próxima semana.

Caso vocês queiram distribuir panfletos e colar cartazes, basta aparecer no DCE da UFSC e pegar material!

A agenda está logo abaixo:

SEGUNDA-FEIRA

Atos descentralizados

8h Grande encontro do grupo de arte e cultura CCE (básico), na UFSC.

9h-11h Qualquer cidadão que simpatizar com essa idéia, pode unir-se a nós ou convidar amigos para fazer essas atividades em seu bairro - não precisa ser só o grupo da arte/cultura!

TIME DOS ÔNIBUS

Músicas e poesias. Informar a população sobre o aumento da tarifa de quase três reais - R$ 2,95 - e convidá-los a unirem-se a nós nessa luta pela redução da tarifa, informando as datas e locais dos atos, assim como endereços eletrônicos de referência. Salta-se dos ônibus e entra-se em outro rodando assim a cidade, até quanto puder.

TIME DAS SINALEIRAS

Grupos 5 pessoas – panfletagem nas sinaleiras, utilizando o tempo do sinal vermelho para abrir uma grande faixa/cartazes informativa(os) sobre a frente de luta pelo não aumento/redução das tarifas de ônibus em Florianópolis, para fazer malabares, entregar balões com mensagens nos carros ou uma mini-esquete representando a atual conjuntura da cidade sobre o transporte público e PANFLETANDO E CONVIDANDO PARA OS ATOS SEMPRE!!! Pedir assinaturas para o abaixo-assinado.

12h - Ato na Rótula Central da UFSC - E OUTRAS LOCALIDADES DA ILHA

Todos os simpatizantes do movimento podem deslocar-se para a rótula por 30 minutos com intervenções de maracatu ou capoeira.

12h30min - Grande ato artístico no Restaurante Universitário! ENTREGAR PANFLETOS.

13h30 - ENCONTRO PARA CONFECÇÃO DE CARTAZES. Básico - UFSC

17h - Ato com a encenação da Abertura da caixa preta - artista com perna de pau. Em frente ao SETUF, Centro. PANFLETAGEM!

TERÇA-FEIRA

Atos Descentralizados

8h-10h - mesma programação de segunda

10h Caminhada em manifestação até o TITRI

12h Retorno em manifestação à UFSC

QUARTA-FEIRA

11:30h - Futebol na Felipe Schimidt Times: Prefeito Empresários X População

Cabo-de-guerra em frente ao TICEN : Prefeito e empresários X população

Malabaristas, palhaços, barraquinha de pintura no rosto das crianças coleta de assinaturas, entrega de balões com mensagens contra a tarifa.

12h- Chamada pública - Grande Assembléia pública no centro da cidade

QUINTA-FEIRA

GRANDE MANIFESTAÇÃO NO CENTRO DA CIDADE.

Enterro do Transporte Público Atual

Coreografia Thriller

SEXTA-FEIRA

FESTA CONTRA O AUMENTO NA UFSC!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Relatos do dia 7 de maio


A manifestação de hoje começou às 1o:20 da manhã, na concha acústica da UFSC onde, por consenso, decidiu-se não invadir o TITRI e seguir até o TICEN, chamando atenção da população para o ato.

O CFH da UFSC foi ocupado por alguns minutos pela manifestação, que contava com uma média de 200 pessoas, dentre elas membros do Aplicação e da Frente Única, e parte dos membros distribuiu panfletos pela sala ao som de cantigas populares adaptadas e gritos de guerra. A aceitação foi grande por parte da população, sendo ouvido muitos "é isso aí" durante a distribuição do material.

Após essa ocupação , foi-se pelo centro através da Carvoeira. Ao chegar no TICEN, após uma breve manifestação pele Felipe Schimidt, o movimento contou com a integração de alunos do IEE e, por decisão geral, foi-se ao SETUF cobrar as planilhas que provem a necessidade do aumento. A ala central de atendimento foi ocupada pacificamente, com diversas pessoas à serem atendidas nos aplaudindo, inclusive um gentil casal de idosos.


Houve conflito no momento em que nós, manifestantes, tentamos entrar no setor administrativo para conversar com os responsáveis e o ânimo se alterou quando 3 funcionários do SETUF tentaram nos expulsar a força, um deles a chutes. O conflito gerou a quebra de uma janela, a qual deixou estudantes e funcionários feridos.

Sendo visto a inaptidão para se conversar com a população por parte dos funcionários do SETUF, a manifestação se encaminhou para a Secretária do Transporte, a qual por medo de encarar o povo fechou suas portas.

A rua em frente ao TICEN foi fechada como um ato simbólico, mas o Grupo Tático da polícia militar resolveu reagir com força bruta, utilizando-se de teasers contra os manifestantes. Apesar desse acontecimento, a postura da polícia se demonstrou menos radical, se comparado aos anos anteriores. Não houve uso de cacetete.


Seguimos então para a Prefeitura, pois queríamos explicações sobre o que estava acontecendo e estávamos dispostos a mostrar à prefeitura nossa indignação perante a postura intransigente dos órgãos públicos. Assim como a Secretária, a prefeitura nos fechou a porta, não querendo ouvir nossas reivindicações. Inclusive a Guarda Municipal se utilizou de spray de pimenta para retirar a população da frente da porta. A brutalidade dos mesmos gerou indignação de uma transeunte, a qual xingou de dedo os membros da Guarda Municipal, gerando um estado de alta vergonha para os mesmos.

Mesmo com a chuva, não nos desanimamos e protestamos através de música e gritos de guerra na frente da prefeitura, o que atraiu diversos funcionários da mesma para a varanda. O movimento dispersou perto das 14:00 horas, reiterando a importância da reunião de amanhã, no DCE da UFSC.