sábado, 15 de maio de 2010

Grande Ato de Quinta-Feira

Opa galera,

Desculpa estarmos um pouco ausente, mas estamos completamente envolvidos na luta contra a tarifa!

Segue abaixo uma reportagem do DC, muito bem feita pelo jornalista Maurício Frighetto, falando sobre o acorrentamento no TICEN, no qual fizemos parte, o vídeo da manifestação e as planilhas de custo, primeira conquista de várias que acontecerão!



Quem não pula quer tarifa from Doc Dois on Vimeo.


Será que eles conseguem?

Nove estudantes passaram seis horas presos a cadeiras no Setuf em protesto ao aumento nas tarifas de ônibus em Florianópolis

Com os pés acorrentados aos bancos do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf), João Gabriel, 18 anos, era um dos nove estudantes que protestavam contra o aumento das passagens do transporte coletivo da Capital, entre 11h e 17h de ontem. – É um ato simbólico. Estas correntes representam as catracas, que impedem a mobilidade dos moradores da Capital.

Assim como João, os manifestantes de ontem querem uma mudança no transporte público. Mas, primeiro, querem que o aumento das passagens seja revogado.

Os protestos que aconteceram ontem em Florianópolis refletem uma tendência que começou no início da década, com o debate pelo passe livre para estudantes. Teve seu ápice em 2004 e 2005, com a chamada Revolta da Catraca, quando milhares de pessoas foram às ruas para barrar o aumento das passagens. Na época, conseguiram.

O estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Bruno Mandelli, 20 anos, foi um dos que debateram o assunto naquela época.

– Em 2004, eu assisti; em 2005, participei. Hoje tenho uma bolsa de estudos e ganho menos de um salário mínimo, e o preço se torna alto. A minha atuação política é por meio dos movimentos sociais. E, hoje, o transporte público é uma das formas de exclusão social – filosofa o rapaz.

Bruno participa do Movimento Universidade Popular (MUP) na UFSC, uma das entidades que fizeram parte do Frente Única pelo Transporte Público Floripa, que organizou os protestos. Ela é formada por movimentos sociais, partidos políticos, organizações culturais e, em sua maioria, por estudantes.

João Gabriel faz parte de uma organização chamada Reinventar. Segundo o jovem, que vai começar a estudar na UFSC no segundo semestre, o movimento é baseado nas ideias do pensador Darcy Ribeiro.

– Ele tinha uma conexão forte com a educação e foi fundador na Universidade de Brasília (UnB). O nosso movimento prega o caráter reivindicatório e de atuação política dos jovens no passado, como o Fora Collor e as Diretas, Já. Nossa postura é de sempre defender a população.

Um dos movimentos mais conhecidos dos protestos dos estudantes é o Movimento pelo Passe Livre (MPL), fundado em 2005 com base nas experiências das manifestações Salvador, em 2003, que parou a cidade por 10 dias, e da Revolta da Catraca, de Florianópolis. O MPL defende o acesso gratuito para a população.


mauricio.frighetto@diario.com.br
MAURÍCIO FRIGHETTO

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